134 anos da libertação dos escravos – um filme, um livro, uma música
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  • Foto do escritorDiego Gambier

134 anos da libertação dos escravos – um filme, um livro, uma música

Atualizado: 13 de mai. de 2022

Nessa semana do dia 13 de maio, dia da Abolição da Escravatura, não há como nossa coluna trazer tema diferente. Não podemos negar a importância da Lei Áurea e de seu significado político, mas sabemos que apesar da garantia da liberdade jurídica, não vimos medidas, no pós-abolição, que pudessem promover uma reparação histórica, garantindo plenos direitos para os negros ex-escravizados na sociedade brasileira. Ao longo do século XX até os dias atuais, observamos avanços em medidas que permitissem combater essa dura herança histórica colonial, porém estamos muito longe de uma sociedade que ofereça garantia de igualdade racial. Para ajudar a refletir sobre o tema, trouxemos algumas dicas especiais. Além disso, indicamos, também, a entrevista realizada pelo canal História da Ditadura com o pesquisador Abner Sótenos que falou sobre seus estudos acerca da repressão aos movimentos sociais na periferia fluminense durante a ditadura brasileira:



 

FILME:

“Medida provisória”, de Lázaro Ramos (2022). O filme trata de uma distopia brasileira que é construída a partir de uma medida provisória emitida por um governo que obriga cidadãos negros ao exílio no continente africano. Além de ser uma ótima produção, o filme ganha destaque por narrar uma história diferente das que vimos sair nos últimos anos. O roteiro foi elaborado com a intenção de incomodar, propondo reflexões necessárias que, felizmente, tem ganhado simpatia de grande parte do público brasileiro.






 

LIVRO:

“Cultura negra, novos desafios para os historiadores”, organizado por Martha Abreu, Giovana Xavier, Lívia Monteiro e Eric Brasil (2018). A editora da Universidade Federal Fluminense (Eduff) disponibilizou recentemente, de forma gratuita, os dois volumes do livro “Cultura negra, novos desafios para os historiadores”: “Festas, carnavais e patrimônios negros” e “Trajetórias e lutas de intelectuais negros”. Os livros são construídos a partir de ótimos artigos de pesquisadores renomados. Ambos os volumes podem ser baixados no site da editora: https://www.eduff.com.br/.




 

MÚSICA:

“Mandume”, de Emicida com participação de Drik Barbosa, Coruja BC1, Amiri, Rico Dalasam, Muzzike, Raphão Alaafin e Rashid. Aqui vai uma indicação totalmente enviesada, já que é uma das músicas favoritas do colunista que vos escreve. Mandume é daquelas músicas que não tem como ser ouvida de maneira passiva, sem se envolver. É potência em cada verso e batida. O nome da canção é uma homenagem a Mandume Ya Ndemufayo, morto em 1917, que foi o último rei do povo Cuanhamas do continente africano, tendo sido símbolo de resistência a invasões portuguesas e alemães na região. A letra fala sobre muitos temas urgentes, abordando representatividade negra, questão racial na história brasileira, desigualdade e intolerância religiosa. Ouça e se emocione!


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