Primeiro como tragédia
Atualizado: 18 de abr. de 2023
Devido aos recentes acontecimentos políticos no Brasil, é muito comum ouvir a famosa frase de Karl Marx para explicar as semelhanças da atualidade com um passado autoritário não muito distante: “A história se repete, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.
Aprendemos a ter o cansativo hábito de ler notícias sobre tentativas de golpe de Estado, veiculação de informações falsas em parte da mídia e agressões físicas por motivações políticas. Uma conjuntura nacional de ascensão da extrema-direita, anticomunismo e ataques ao funcionamento das instituições democráticas brasileiras.
É público e notório que também vivenciamos esse clima a partir de 1961, com a crise institucional instaurada diante da renúncia do presidente Jânio Quadros, no final de agosto daquele ano. O Brasil dividiu-se entre legalistas, que eram a favor da posse do vice-presidente João Goulart como novo presidente da República, e golpistas, que imputavam a pecha de “comunista” a Jango, incitando um sentimento anticomunista na população.
Os acontecimentos citados acima, somados às mobilizações civis e militares que levaram ao golpe de Estado em 1964, são conhecidos por especialistas e recordados pela sociedade ao compararem o presente com o passado. O que trago neste artigo são dois eventos esquecidos do início da década de 1960 que farão você acreditar que está lendo uma notícia de 2022.
O falso padre do IBAD
Até o brasileiro mais acostumado com o surrealismo eleitoral do país se surpreendeu ao ver um candidato à presidência com uma batina preta, um crucifixo no peito e um solidéu no debate presidencial do SBT, no final de setembro de 2022. Não era só a indumentária que chamava atenção, mas a própria figura deste senhor, até então desconhecido do quadro político no Brasil. Intitulava-se como Padre Kelmon e representava o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – partido com a mesma sigla daquele ao qual Jango era filiado, mas que defende uma ideologia bastante diferente de seu homônimo da década de 1960.
Sua aparição se justificava por ser o candidato à vice-presidência na chapa encabeçada por Roberto Jefferson, um ex-deputado federal inelegível até 2023 por ter sido condenado por crimes de propina no caso do Mensalão. Para especialistas, sua presença no SBT era uma forma de ajudar o então candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), no ataque a seus opositores políticos. Como a chance de Kelmon vencer as eleições era praticamente inexistente, ele poderia ser a voz mais agressiva, contundente e provocativa de Bolsonaro, agindo como um cabo eleitoral com o intuito de provocar e abalar o equilíbrio psicológico e as estratégias dos concorrentes do até então presidente da República.
O alvo era Luiz Inácio Lula da Silva, então candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), que liderava as pesquisas de intenção de voto. Porém, o petista não compareceu a este debate. Sendo assim, a função de Kelmon foi fazer uma “dobradinha” com Bolsonaro atacando os adversários com o que eles chamavam de “comunismo”, “ideologia de gênero” e a “destruição da família tradicional brasileira”. Lula só encontrou Kelmon no debate da TV Globo e os conservadores comemoraram o bate-boca entre os dois, admitindo que Lula mordeu a isca ao cair na provocação de Padre Kelmon: o petista foi acusado de corrupção e rebateu chamando o oponente de “padre fantasiado”. O que foi comprovado posteriormente, visto que a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) descartou que Kelmon tivesse qualquer vínculo com a Igreja Católica Apostólica Romana.
A tática de utilização de um clérigo para proteger aliados e desvirtuar a imagem de um político ou de uma instituição para gerar um desgaste entre eleitores não é novidade na história brasileira. Em 1963, ela já aparecia com um infiltrado do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD) no contexto das lutas por Reforma Agrária no país. Instituição que foi a porta de entrada de dinheiro ilegal da CIA, para arregimentação de políticos que se manifestassem contra as reformas de base. O escolhido pelo IBAD foi o “Padre Aníbal”.
Aníbal Magalhães Mendes era visto pela imprensa da época como o grande líder da luta pela reforma agrária em Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. O Padre Aníbal, como era conhecido, tomou a liderança do Movimento em Defesa da Reforma Agrária em Capivari (pertencente a Duque de Caxias) e ameaçava resistir até a morte subindo a Serra de Xerém com trabalhadores rurais, usando táticas de guerrilha. Incitava os camponeses a abandonarem o diálogo com representantes da Superintendência da Reforma Agrária (SUPRA) e a promoverem invasões de propriedade, assim como assaltos a arsenais da polícia. A ideia era acoplar a imagem de “rebeldes sem causa” e arruaceiros aos defensores da reforma agrária, uma pauta muito debatida e apoiada pelo presidente João Goulart e seus correligionários. As reformas de base prometidas pelo presidente visavam alterar a lógica de concentração fundiária no Brasil e isso afetava os interesses do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (IBAD).
O IBAD foi uma organização de propaganda anticomunista que buscava desestabilizar o governo de João Goulart e que possuía várias organizações subordinadas, sendo uma delas o Movimento Renovador Sindical, uma espécie de ala sindical conservadora. Foi nela que o IBAD infiltrou agitadores que participavam ativamente do Movimento em Defesa da Reforma Agrária, liderados pelo Padre Aníbal.
O momento era tenso em Capivari. Policiais cercavam o local e o Padre Aníbal ameaçava utilizar a força para conseguir ocupar aqueles terrenos. A tesoureira da Associação de Lavradores de Capivari, Dalva Mesquita, confirmou na delegacia que Aníbal ordenou que os camponeses “passassem fogo na polícia” caso invadissem o local. Além disso, ela e seu marido acusaram o Padre Aníbal de saques de alimentos em propriedades privadas e roubo de sessenta bois de um fazendeiro. Quando seu marido denunciou o ocorrido, teria sido ameaçado de morte pelo “padre”.
Até que, poucas horas antes da ocupação, chegou a notícia da desapropriação daquelas terras e um acordo feito com João Caruso, presidente da SUPRA, com o envio de 2 milhões de cruzeiros para o assentamento em Capivari. Como haviam conseguido seus objetivos através do diálogo com o governo, não havia mais necessidade do uso da força.
Durante a disputa, a Federação da Associação de Lavradores do Estado do Rio de Janeiro e a Associação de Lavradores de Duque de Caxias emitiram nota não reconhecendo Aníbal Mendes como sua liderança pela reforma agrária. Paralelamente, o bispo auxiliar da Igreja Católica do Rio de Janeiro, dom José Aires Cruz, afirmou que Aníbal não pertencia aos quadros da Igreja. Para piorar, a Polícia Civil apurou os antecedentes criminais de Aníbal e descobriu crimes de roubo de carros no 9º Distrito Policial, falsidade ideológica e agressão. Aníbal foi preso e, de acordo com Mauricio Hill, repórter do jornal Ultima Hora, Ivan Hasslocher, presidente do IBAD, lamentou a falha desta ação em seu caderno, denominando a “Rebelião de Capivari” como “a revolução que não houve”.[i]
Há diferenças entre Aníbal e Kelmon, já que o último nunca teve envolvimento armado com nenhum movimento. Porém, os dois se apresentaram como autoridades religiosas como forma de deslegitimar movimentos que lutam por justiça social: o movimento pela Reforma Agrária e o feminismo. Os dois apareceram em contextos de ameaça à democracia com deturpações de práticas e discursos do campo progressista, visando amedrontar parte da classe média e conseguir seu apoio político.
As milícias anticomunistas
Após a eleição de Jair Bolsonaro como presidente da República em 2018, vimos a proliferação dos clubes de tiro no Brasil e o aumento exponencial de grupos de extrema-direita. No final de 2019, um integralista assumiu a autoria de um atentado com coquetéis molotov contra a produtora Porta dos Fundos devido a uma abordagem irreverente da figura de Jesus Cristo.
Em julho de 2022, o tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, foi morto a tiros por um policial bolsonarista no momento em que celebrava sua festa de aniversário com a temática do atual presidente Lula.
No dia 8 de janeiro de 2023, a escalada terrorista chegou ao ápice com a invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal por grupos bolsonaristas que acampavam em frente a um quartel do Exército, na capital Federal. Dois mil cento e cinquenta e uma pessoas foram presas em flagrante.
Também tivemos atentados terroristas no período que antecedeu o golpe de 1964 e, coincidentemente, em uma data bem próxima da intentona de 2023.
A existência de organizações paramilitares anticomunistas no pré-1964 não é uma novidade. O Movimento Anticomunista (MAC), por exemplo, já foi bastante estudado por especialistas da área como Rodrigo Patto Sá Motta e Airton de Farias. Porém, milícias anticomunistas influenciadas pela maçonaria e com estética da Ku Klux Klan, não.
O dia 6 de janeiro de 1962 foi marcado pela execução de atentados em diferentes partes do país com o intuito de intimidar instituições que prestavam apoio ao presidente João Goulart ou de instigar a população a participar de um golpe de Estado. Nessa data, no Rio de Janeiro, integrantes do Movimento Anticomunista (MAC) e da Ordem Suprema dos Mantos Negros (OSMN) metralharam a sede na União Nacional dos Estudantes (UNE), na praia do Flamengo. Não houve feridos e o ministro da Justiça, Alfredo Nasser, assumiu a investigação, já que o governador Carlos Lacerda foi acusado pelos estudantes de não se empenhar devidamente para identificar os autores do ataque (ALBERTI, 2020).
Joaquim Metralha, fundador da OSMN, e alguns integrantes do MAC estamparam as capas de jornais como parte das diligências do Ministério da Justiça. Como a autoria do MAC era incontestável – havendo até pichações nos muros da UNE com as iniciais do grupo –, Metralha prestou depoimento na polícia afirmando que MAC não significava “Movimento Anticomunista” e sim “Movimento de Agitação Comunista”, pretendendo culpar os militantes de esquerda pelo atentado. E, de forma previsível, não apresentou provas que ratificassem essa acusação.
A Ordem Suprema dos Mantos Negros ou “Maçonaria da Noite” foi denunciada pelo jornalista José Nogueira no jornal Diário da Noite. Tratava-se de uma organização internacional inspirada na Ku Klux Klan e era financiada pelo coronel anticomunista romeno Edward Ressel. Inicialmente, acreditava-se que era somente um apelido dado pela imprensa, mas na própria carteirinha do grupo os componentes se identificavam como “templários da Ku Klux Klan”.[ii]
O líder da OSMN era chamado de “Papa Negro” devido aos mantos e capuzes pontiagudos que vestiam, muito semelhantes aos da seita estadunidense, porém de cor preta. De acordo com o jornal Diário da Noite, o ritual de iniciação consistia em levar o novato vendado até um local onde era feito um juramento de sangue. Em seguida, deveria desviar de golpes de punhal de um componente mais experiente. Sua sede denominava-se: “Palácio Litúrgico do Águia Supremo”. O termo “palácio” é um termo muito utilizado na maçonaria.
Em Porto Alegre, na mesma data, a Ordem Secreta dos Primadistas – tida como uma das filiais da OSMN no Brasil – invadiu os estúdios da Rádio Farroupilha durante o programa PRH-2. O objetivo era ler um discurso convocando o povo a se juntar a grupos guerrilheiros nas fronteiras do país e depor João Goulart. Os primadistas eram liderados por Waldomiro Ramos Pacheco, um professor de filosofia e jornalista que, na década de 1930, foi condenado a dezesseis anos de prisão por ter envenenado sua “esposa”, que era adolescente. Pacheco cumpriu menos da metade da pena e, na década de 1950, fundou duas instituições para crianças e adolescentes com ares de escotismo: a Organização da Juventude (ORJU) e o Instituto de Direitos da Criança (IDECÊ). (ALBERTI, 2021)
Paralelamente, Pacheco criou o primadismo e uma instituição para a defesa dessa ideologia: a Ordem dos Primadistas. Estes se posicionavam como centro político, fazendo fortes críticas ao comunismo e ao liberalismo no jornal catarinense O Estado:
A nossa moral, a moral PRIMADISTA é como um pêndulo de um relógio. Trabalhando atinge uma área à esquerda e outra à direita, mas quando em repouso está na vertical perfeita, dominando as profundidades para levar as experiências aos lados, de forma serena e concreta.[iii]
Apesar de se posicionarem no espectro político de centro, alguns fatos após o atentado à Rádio Farroupilha mostravam uma aproximação, em seus símbolos e discursos, com o campo da extrema-direita. Todas as organizações criadas por Waldomiro Pacheco tinham uma águia muito parecida com a nazista em seus logotipos. A polícia gaúcha achou uma bandeira nas cores da bandeira alemã com uma águia bicéfala, o que os primadistas explicavam como a representação dos dois lados do grupo: um pacífico e outro violento. Luiz Augusto Fontela, que aparece nos jornais com um capuz negro, afirmou ao jornal Correio do Povo (RS), após o atentado: “Não somos terroristas, somos anticomunistas”.[iv]
O discurso – que só não foi lido pois o vigia Ulisses Marçal rendeu os terroristas – instigava a população a rebelar-se através das armas:
Documento aprendido pela Polícia dizia que este é um momento de
emergência em que todos os brasileiros patriotas devem abandonar
sua indiferença, dispondo-se a lutar organizadamente para salvar o
Brasil do grave perigo que atravessa.
O Comunismo trama um golpe de traição à nossa Pátria, tendo como
instrumentos as Ligas Camponesas, dirigidas pelos bolches Julião e
Mariano e mais a Frente de Libertação Nacional, que teve suas origens
em ordens vermelhas, conforme declarou Prestes em Moscou.
(...) convocando todos os brasileiros a alistar-se na União dos Patriotas
Anticomunistas, incorporando-se no Exército Popular de Guerrilheiros,
que já está sendo mobilizado.[v]
Um dos integrantes, José Renir, acreditava que o grupo seria uma ramificação da maçonaria que misturava filosofia, religião e anticomunismo. Seus rituais tinham juramentos sobre a Bíblia, capuzes e luvas parecidas com as da Ku Klux Klan. O líder, chamado de “O Venerável”, usava um avental branco com a letra “N” bordada. Os mascarados usavam um colar de fita de pano roxo e havia uma senha secreta entre os “irmãos” que mudava de seis em seis meses e era transmitida por cadeia auricular.
Renir afirmou à polícia que existiam sacolas pretas chamadas de “sacos de beneficência” para recolhimento de doações em dinheiro, que Deus era chamado de “Grande Arquiteto do Universo” e que eles assinavam documentos colocando três pontos em um triângulo, uma marca dos maçons. Os crimes de traição eram tratados com espancamentos e até mesmo com a morte do integrante. Renir ainda relatou que o atentado à Rádio Farroupilha era o início de um plano mais expansivo de formação de um partido nacional primadista com o nome de Movimento Universal Primadista. Outro integrante, Darcy Elesbão, deu mais detalhes sobre os rituais primadistas nos dois meses antes do assalto à Rádio Farroupilha:
depois da adesão de todos, o professor Valdomiro Ramos Pacheco, fez com que todos os “oficiais” se ajoelhassem, e em conjunto, prestassem um juramento de fidelidade à causa. Eles todos de joelhos com as mãos sobre a bandeira rubro-negra da organização, repetiram dança ritual, brandindo com um punhal. Após, o professor proferiu uma oração invocando as bençãos do Grande Arquiteto Universal (Deus), ao que todos responderam “Amém”. Por fim, o professor advertiu que a ira de toda a organização cairia sobre aquele que traísse a causa ou falhasse no cumprimento de sua missão[vi].
Há de se suspeitar que a organização tivesse alguma influência no Poder Judiciário local, pois os terroristas foram soltos em pouco tempo com a justificativa de que tinham residência e empregos fixos. Para piorar, o vigia que evitou a leitura do discurso primadista na rádio foi condenado pelo juiz da 5ª Vara Criminal por ter impedido, em sua opinião, um ato de bravura cívica.
Primeiro como tragédia, depois como farsa. Talvez se tivéssemos um olhar mais atento para o trágico passado do pré-64, poderíamos nos antecipar a essas táticas de desestabilização social e não repetir os mesmos erros na primeira metade do século XXI. A divulgação dessas comparações é essencial para ressaltar as semelhanças nas estratégias de grupos conservadores em desestabilizar presidentes de caráter progressista que tenham como planos de governo reformas estruturais de combate às desigualdades sociais no Brasil.
Vale ressaltar que a presença do IBAD em 1963 na infiltração de Aníbal entre camponeses, o financiamento de empresários aos terroristas do 8 de janeiro de 2023 e o acobertamento de autoridades aos golpistas acampados em frente ao quartel de Brasília indicam que essas ações e personagens são amparadas por forças influentes em nossa sociedade e de considerável poder aquisitivo. Somente a devida punição aos mandantes e executores desses atos poderão levar mais tranquilidade para a governabilidade dos próximos presidentes.
Que estas “coincidências” sirvam de lição para que identifiquemos aqueles que, em nome de um injustificável “patriotismo”, atentam contra o Estado democrático de Direito e entregam nossas riquezas para exploradores estrangeiros. Que o Brasil possa triunfar contra o “Brazil”.
Créditos da imagem destacada: Ku Klux Klan inspirou grupo paramilitar que atuou contra a esquerda no Brasil. Reprodução.
Notas:
[i] Jornal Ultima Hora, 4 de outubro de 1963.
[ii] Diário da Noite, 22 de janeiro de 1962.
[iii] O Estado, 29 de agosto de 1958.
[iv] Correio do Povo, 12 de janeiro de 1962.
[v] Jornal do Commercio, 14 de janeiro de 1962.
[vi] Diário de Notícias (RS), 13 de janeiro de 1962.
Referências:
ALBERTI, Raphael. A águia bicéfala: discursos e práticas da Ordem Secreta dos Primadistas, a “Ku Klux Klan gaúcha”. Pernambuco: Revista Interritórios. UFPE, 2021.
______. Um espião silenciado. Recife: Cepe Editora, 2020.
BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz. O governo João Goulart: as lutas sociais no Brasil (1961-1964). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
BRASIL. Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as atividades do IBAD-IPES. Brasília, 1963. Vol.1-9.
CASTELLANI, José. A maçonaria moderna. São Paulo: Gazeta maçônica, 1986.
MARX, Karl. 18 de Brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo Editorial, 2011.
Como citar este artigo:
ALBERTI, Raphael. Primeiro como tragédia. História da Ditadura, 11 abr. 2023. Disponível em: https://www.historiadaditadura.com.br/post/primeiro-como-tragedia. Acesso em: [inserir data].
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